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sábado, 23 de outubro de 2010

COLUNA: Jogadores Históricos de Futebol: Pelé

O blog QI-Esportivo vai prestar uma homenagem ao rei do futebol, o Pelé, que vai completou 70 anos de vida hoje, sabádo dia 23 de outubro de 2010. Confira a matéria abaixo e conheça um pouco da istória do maior jogador de futebol de todos os tempos.


Nome: Edison Arantes do Nascimento
Apelido: Rei Pelé, Rei do Futebol
Local de Nascimento/Data de Nascimento:  Três Corações Minas Gerais, 23 de outubro de 1940
Posição: Meio Atacante
Altura: 1,72m
Pé: Direito
Pelé é considerado como o maior jogador da história do futebol, tendo fama internacional na condição de futebolista. Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o "Atleta do Século". A FIFA também o elegeu, em 2000, numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores como o Jogador de Futebol do Século XX. 

Santos

Pelé marcou 1284 gols em 1375 jogos, média de 0,93
Em 1956, chegaria à Vila Belmiro, trazido pelas mãos de Waldemar de Brito, o menino Pelé, de 15 anos, que deu de novo impulso à história do Santos, levando-o a conquistas que enalteceram o futebol brasileiro no planeta. O time do Santos vinha de grandes campanhas, sendo bicampeão paulista em 1955-1956, apresentando os craques Pepe e Zito, dentro outros. Com Pelé, o time se tornaria um dos maiores da História.
Pelé marcou seu primeiro gol com a camisa do Santos num amistoso com o Corinthians de Santo André, jogo em que o time da Vila Belmiro venceu por 7 a 1. Em 1958 ganhou seu primeiro Campeonato Paulista, estabelecendo como artilheiro o recorde de 58 gols que permanece até hoje. Neste Campeonato Paulista, o Santos marcou 143 gols.
O Santos com Pelé continuou nos anos seguintes a ganhar todas as principais competições que disputava. Em 1959, a conquista do primeiro Torneio Rio-São Paulo e o vice-campeonato da Taça Brasil. Em 1960, mais um paulista. De 1961 até 1965 a hegemonia do futebol brasileiro com cinco Taças Brasil. Em 1962 e 1963, o bicampeonato sul-americano da Copa Libertadores da América e o bicampeonato Mundial. Só não ganhou todos os Campeonatos Paulistas de 1958 até 1969 pois o Palmeiras, time conhecido na época por "Academia", conseguia interromper a sequência de tempos em tempos. Em 1967 o Santos ganharia novamente o Campeonato Paulista e daria início ao seu segundo tri-campeonato da competição. Em 1968 o time com grandes revelações como Clodoaldo, Edu, Abel e Toninho Guerreiro voltaria a conquistar outra série de títulos nacionais e internacionais, como a Recopa Mundial de Clubes Campeões de 1968.

No ano de 1969, as conquistas e a fama do Santos eram tão grandes que, em uma excursão pela África, a guerra no Congo Belga, atual República Democrática do Congo, entre forças de Kinshasa e de Brazzaville, foram suspensas para que as cidades pudessem assistir aos jogos do time. Logo após as partidas e as homenagens, o conflito recomeçou. Este evento serviu claramente de inspiração para o "Amistoso da Paz", realizado entre as seleções de Brasil e Haiti, em 18 de agosto de 2004. Mas a partir de 1970 a fase hegemônica e dos títulos seguidos acabaria.
Com dívidas devido a investimentos que não deram certo, como o do Parque Balneário, o clube ia vendo seus craques saindo. Compromissos com a CBD para a eleição de João Havelange para presidente da FIFA obrigaram o time a sucessivas excursões por todo o globo, desde a África até a Arábia, o que refletiu no fraco desempenho do time nos campeonatos internos. Em 1973, o Santos ganhou o último Campeonato Paulista com Pelé. Competição que teve uma final muito conturbada, acabando na disputa por pênaltis contra o time da Portuguesa. O erro histórico do árbitro Armando Marques, que encerrou as cobranças quando o Santos vencia por 2 a 0, mas ainda com possibilidade de empate por que restavam ainda duas cobranças da Portuguesa, atrapalhou a conquista certa (Pelé ainda não havia feito sua cobrança), fazendo com que o título daquele ano fosse dividido entre os dois clubes.  

Seleção Brasileira
    Pelé marcou 92 gols pela Seleção Brasileira
    Estreia: convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos e Vasco da Gama. Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela Copa Rocca. Gol dele.  
    Copa de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição, mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais conhecidas do mundo durante o século XX.   
    Copa de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.   
    Copa de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.   
    Copa de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules Rimet.   
    Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.

     

    Camisa 10

    Depois de Pelé começou à fama,que o melhor jogador veste a 10
    Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. 

    Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas. 

    As despedidas
        Pelé se despedindo pelo Cosmos
        Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a participação de Mohamed Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: "Love! Love!".   

        Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.

        Polêmicas

        O relacionamento de Pelé com a apresentadora Xuxa Meneghel durou 6 anos.
        Durante o regime militar, deu declaração polêmica dizendo que "o povo brasileiro não sabe votar", o que provocou a reação de políticos na época. 
        Em 2005, falou que Romário deveria se aposentar, ao que o mesmo replicou que Pelé "com a boca fechada é um poeta", completando que ele deveria "colocar um sapato na boca para deixar de falar besteiras". Também criticou Ronaldo por estar acima do peso em 2006, porém o jogador realmente estava muito acima do peso ideal. 
        Em 2006, disse antes do jogo pela Copa do Mundo entre Brasil e França que tinha um mau pressentimento quanto ao jogo. O Brasil realmente acabou perdendo o jogo por 1 a 0. 
        Muitos jogadores declararam que em campo ele era um "jogador sujo", e também costumava revidar as agressões dos adversários:
        Quebrou a perna do alemão Kiesman em um amistoso em que o Brasil venceu a Alemanha Ocidental em 1965 no Maracanã por 2 a 0. 
        Também causou a fratura da perna do cruzeirense Procópio em 1968 numa partida entre Cruzeiro e Santos.
        Quando era ministro do Esporte, criou a Lei Pelé, que tinha como objetivo modernizar o futebol brasileiro ao transformar os clubes em empresas. A lei até hoje é polêmica: Pelé acusa os grandes clubes de terem deturpado o projeto original, enquanto os mesmos dizem que a lei teria facilitado a saída dos jogadores de seus clubes, favorecendo as transferências para o exterior. 
        Seu filho Edinho (Edson Cholbi Nascimento) que jogou como goleiro pelo Santos, foi preso em junho de 2005 por envolvimento com o tráfico de drogas. 
        Tem sete filhos reconhecidos: três com a primeira mulher, Rosemeri Cholbi, dois com a segunda, Assíria Lemos, e mais duas filhas extraconjugalmente, uma das quais Pelé foi obrigado a reconhecer a paternidade judicialmente, Sandra Regina Machado, ex-vereadora de Santos, vitimada por um câncer em 17 de outubro de 2006.

            Estatísticas 

            Partidas: 1375  
            Gols: 1284  
            Média de Gols por Partida: 0,93  
            Atleta do século  
            Recorde de gols em uma partida: oito gols, em 21 de novembro de 1964, na partida Santos 11 a 0 Botafogo de Ribeirão Preto (superado por Dadá Maravilha na década de 1970).  
            Partidas pela seleção brasileira: 115 (92 oficiais)  
            Gols pela seleção brasileira: 95  
            Mais jovem artilheiro Campeonato Paulista: 1957 - Santos (fez 17 anos durante a competição)  
            Mais jovem Campeão Mundial: 1958 - Brasil (17 anos)  
            Mais jovem Bicampeão Mundial: 1962 - Brasil (21 anos)  
            Único Jogador tricampeão mundial: 1970 -Brasil  
            Maior artilheiro em uma temporada do Campeonato Paulista: 1958 - 58 gols  
            Maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista: 11  
            Maior artilheiro em uma temporada: 1959 - 127 gols  
            Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira: 95 gols  
            Maior artilheiro do futebol profissional: 1284 gols  
            Bola de Ouro Especial da revista Placar: 1987  
            Placa de bronze afixada no Maracanã: 1961 - Em virtude de um lindo gol marcado contra o Fluminense, no dia 12 de junho de 1961. 

              Artilharia

              Campeonato Paulista 

              1957 - Santos (20 gols) 

              1958 - Santos (58 gols) - Recorde da Competição 

              1959 - Santos (45 gols) 

              1960 - Santos (34 gols) 

              1961 - Santos (47 gols) 

              1962 - Santos (37 gols) 

              1963 - Santos (22 gols) 

              1964 - Santos (34 gols) 

              1965 - Santos (49 gols) 

              1968 - Santos (26 gols) 

              1973 - Santos (11 gols)

                Copa América 

                1959 - Brasil (9 gols)

                  Campeonato Brasileiro das Forças Armadas 

                  1959 - Seleção da 6ª Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM)(11 gols)

                    Campeonato Sul Americano das Forças Armadas 

                    1959 - Seleção Brasileira das Forças Armadas (11 gols)

                      Taça Brasil 

                      1961 - Santos (9 gols) 

                      1963 - Santos (12 gols)

                        Torneio Rio-São Paulo 

                        1961 - Santos (7 gols) 

                        1963 - Santos (15 gols) 

                        1964 - Santos (3 gols) 

                        1965 - Santos (7 gols)

                          Copa Intercontinental 

                          1962 - Santos (3 gols) 

                          1963 - Santos (5 gols)

                            Taça Libertadores da América 

                            1963 - Santos (11 gols)

                              Títulos 

                              Copa do Mundo: 1958, 1962 e 1970  
                              Copa Intercontinental: 1962 e 1963  
                              Taça Libertadores da América: 1962 e 1963  
                              Recopa Sul-Americana: 1968  
                              Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968  
                              Taça Brasil: 1961/62/63/64/65  
                              Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 1968  
                              Torneio Rio-São Paulo: 1959,1963,1964,1966  
                              Campeonato Paulista: 1958/60/61/62/64/65/67/68/69/73  
                              Liga Norte-Americana de Futebol: 1977 (New York Cosmos)

                                Prêmios 

                                Melhor jogador jovem da Copa do Mundo: 1958 

                                Bola de Prata Copa do Mundo: 1958 

                                Chuteira de prata Copa do Mundo: 1958 

                                Craque do time das estrelas da Copa do Mundo - World cup all-star team player: 1958 

                                Bola de Ouro - Copa do Mundo: 1970 

                                Craque do time das estrelas da Copa do Mundo - World cup all-star team player: 1970 

                                BBC Personalidade Esportiva do Ano: 1970 

                                Melhor jogador Sulamericano do no: 1973 

                                Atleta do Século, eleito por jornalistas do mundo todo, na pesquisa realizada pelo jornal francês L'Equipe: 1981 

                                Atleta do Século, eleito pelo Comitê Olímpico Internacional: 1999 

                                Atleta do Século, eleito pelos jornalistas da Agência de Notícias Reuters: 1999 

                                Jogador de Futebol do Século, escolhido pela UNICEF: 1999 

                                Jogador de Futebol do Século, eleito pelos vencedores da Bola de Ouro da revista France Football: 1999 

                                Maior jogador do Século XX pela IFFHS: 1999 

                                Maior jogador Sulamericano do Século XX Pela IFFHS: 1999 

                                Maior Jogador de Futebol do Século FIFA: 2000 

                                Laureus World Sports Awards - Prêmio pelo conjunto da obra, entregue pelo Presidente Sul-Africano Nelson Mandela: 2000 

                                BBC Personalidade Esportiva do Ano - Prêmio pelo conjunto da obra: 2005

                                  Gol 500

                                  Marcado em 2 de setembro de 1962, na partida Santos 3 a 3 São Paulo. Pelé marcou dois gols na partida, sendo o segundo o 500º gol.

                                   

                                  Milésimo gol

                                  Marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, Vasco 1 - Santos 2, com 65.157 pagantes.
                                  A partida era válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o campeonato brasileiro da época. Aos 33 minutos do segundo tempo o zagueiro do Vasco Renê cometeu pênalti. Pelé cobrou com pé direito no canto esquerdo do goleiro Andrada, que se esforçou, mas não conseguiu defender o pênalti. Andrada não queria sofrer gol de Pelé pois achava que deixaria de ser conhecido como bom goleiro e passaria a ser lembrado somente como o goleiro do milésimo gol.
                                  Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: "Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas".
                                  Pelé vestiu uma camisa do Santos de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.




                                  Os cinco melhores gols do Pelé 

                                  Final da Copa de 1958, 1962 e 1970 

                                  Despedida do Pelé pelo Santos

                                  Despedida do Pelé pelo Cosmos 

                                  O gol que Pelé não fez

                                   

                                   

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