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sábado, 25 de setembro de 2010

COLUNA: Jogadores Históricos de Futebol: Zico

Nome: Arthur Antunes Coimbra
Apelido: Zico, Galinho
Cidade Natal/Data de Nascimento: Rio de Janeiro, dia 3 de março de 1953
Posição: Meio Campo
Pé: Direito

Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico (Rio de Janeiro, 3 de março de 1953), é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como meia. Atualmente é diretor de futebol do Flamengo.
Notabilizou-se como o carismático líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 1980, com ápice nas conquistas da Taça Libertadores da América e do Campeonato Mundial de Clubes pela equipe carioca, além de quatro títulos no Campeonato Brasileiro e de suas participações pela Seleção Brasileira nas Copas Argentina 1978, Espanha 1982 e México 1986.
É considerado por muitos especialistas, profissionais do esporte e, em especial, pelos torcedores do Flamengo, o maior jogador brasileiro da história do clube e o maior futebolista brasileiro desde Pelé. Não são poucos, também, os que o consideram como o melhor jogador de futebol dos anos 1980, sendo chamado frequentemente no exterior de "Pelé Branco". É o maior artilheiro da história do estádio do Maracanã, com 333 gols em 435 partidas. Marcou 135 gols em campeonatos brasileiros.

Flamengo
Zico marcou nada menos que 438 gols pelo Flamengo
Zico só estreou no time principal em 1971, em uma partida contra o Vasco da Gama, cujo placar terminou 2 a 1 para o time rubronegro, em que o debutante deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória. Zico só foi se firmar como titular na equipe em 1974, depois de passar por uma intensa preparação física que incluía dedicação de boa parte de seu dia, desde quando chegou ao clube, em 1967 (quando ainda estava na escola), a um trabalho de fortalecimento muscular, devido ao corpo antes franzino. E devido ao seu franzino corpo de início de carreira e de seu bairro de origem (Quintino) ganhou o carinhoso apelido de "Galinho de Quintino".
 Em 1974 (quando recebeu a camisa 10), começava a demonstrar futebol empolgante, com dribles, lançamentos e arrancadas fulminantes em direção ao gol e também a habilidade que lhe caracterizaria, a de cobrar milimetricamente as faltas que batia.
Neste ano, conquistou seu segundo Carioca pelo Flamengo, o primeiro como titular e camisa 10, liderando uma equipe jovem em decisões contra as equipes mais experientes de Vasco e América (onde à época jogava seu irmão Edu). No Campeonato Brasileiro, recebeu sua primeira Bola de Ouro da Revista Placar, eleito pela publicação o melhor jogador do campeonato.

A partir de 1978, entretanto, o Flamengo ingressaria em um período áureo sob o comando em campo de Zico. Com um futebol quase perfeito, só possível de ser parado com violência, Zico conquistou um tricampeonato carioca, o terceiro do clube, nas edições daquele ano com as duas realizadas em 1979, mesmo ano em que o time conquistaria o prestigiado torneio amistoso Ramón de Carranza, com destaque para a vitória por 2 x 1, em que ele marcou um dos gols, sobre o Barcelona de Johan Neeskens, Allan Simonsen, Hans Krankl e Carles Rexach. Em 1979 ele também marcou seu 245º gol, em partida contra o Goytacaz, superando Dida como o maior artilheiro da história do Flamengo. No ano seguinte, viria finalmente o inédito título no Campeonato Brasileiro.
Com o título nacional, o clube credenciou-se pela primeira vez para disputar a Taça Libertadores da América. Na fase de grupos, o Flamengo teve que novamente superar o Atlético, em partida-desempate marcada pela expulsão de cinco jogadores do adversário, o que deu a vitória aos rubronegros após apenas dez minutos de jogo. O time chegou à decisão, onde enfrentaria os chilenos do Cobreloa. Zico marcou os dois gols na vitória por 2 x 1 na partida de ida, no Maracanã. A de volta, no Chile, foi marcada pela enorme violência dos rivais, especialmente de seu zagueiro Mario Soto, que agrediu com um anel afiado os flamenguistas Andrade e Lico. Os chilenos venceram por 1 x 0 e, pelo regulamento da época, o troféu seria decidido em campo neutro, que foi em Montevidéu, no Estádio Centenário. Zico novamente marcou os dois gols da vitória, dessa vez de 2 x 0, o segundo deles, a dez minutos do fim, em uma de suas mais inesquecíveis cobranças de falta.
A equipe inglesa(Liverpool) era amplamente favorita: nos últimos oito anos, havia conquistado cinco vezes o campeonato inglês, uma Copa da UEFA e três Copa dos Campeões da UEFA, possuindo um elenco de respeitados jogadores das Seleções Inglesa e Escocesa, que não deixaram de fitar com superioridade os brasileiros no vestiário, antes da partida.O título mundial, que até então só havia vindo ao Brasil por meio do Santos de Pelé, foi conquistado após exibição primorosa do Flamengo, que venceu por 3 x 0. Os três gols, marcados todos ainda no primeiro tempo, saíram de jogadas de Zico: no primeiro e no terceiro, por assistência direta a Nunes e, no segundo, marcado por Adílio, após cobrança de falta do Galinho rebatida pelo goleiro adversário Bruce Grobbelaar. Eleito o melhor em campo mesmo sem ter marcado, recebeu como premiação individual um cobiçado carro esporte da patrocinadora da partida, a Toyota. 

No ano seguinte, em que o clube conquistou o único título que faltara em 1981, o Campeonato Brasileiro, em campanha destacada por vitórias fora de casa, mais uma resposta às críticas de que o time (e Zico) só jogavam bem no Maracanã. Para completar, A taça também foi conquistada fora de casa, contra o Grêmio, em vitória por 1 x 0 com nova assistência de Zico a Nunes. O Galinho já havia sido heroi no primeiro jogo da decisão, marcando um gol de trivela no canto esquerdo de Emerson Leão, empatando uma partida em casa que já estava acabando.
Em 1983, o Flamengo igualava-se aos gaúchos do Internacional como maior vencedor do Brasileirão, conquistando seu terceiro título. Zico ergueu a taça consciente de que seria sua até então última partida pelo Flamengo: embora ainda não divulgada a transferência, o Galinho já sabia se sua venda para a equipe italiana da Udinese, em transferência já acertada um mês antes da decisão e mantida em sigilo para eventuais protestos da torcida não atrapalharem a caminhada rumo ao título.

Udinese
Zico marcou 56 gols pela Udine
Cobiçado por clubes mais tradicionais do país, como Roma e Juventus, sua ida à modesta equipe de Friuli causou escândalo no resto da Itália. A Federação chegou a suspender a compra, orçada em 4 milhões de dólares (em valores da época) - o maior valor pago até então no país por um jogador -, o que revoltou os moradores de Udine, que começaram a disparar mensagens de separatismo.
O Galinho chegou a Udine tratado desde logo como um rei. Mesmo assim, manteve sua postura humilde e profissional, procurando deixar todos à vontade: um dos reservas do time, Pradella, chegara a ter calafrios e desarranjos intestinais na primeira vez em que foi escalado para jogar ao lado do brasileiro. Dedicado a ajudar o clube a conseguir o título na Serie A, Zico fez sua parte, liderando um time fraco a uma honrosa nona colocação na temporada 1983/84, a quatro pontos do time que ficou na quarta (a Internazionale), que daria vaga para a Copa da UEFA. Zico marcou 19 gols, apenas um atrás na artilharia do campeonato, que ficou com Michel Platini, da campeã Juventus. O detalhe é que o francês jogou seis partidas a mais, muito por conta de uma lesão que Zico sofrera em amistoso contra o Brescia.
Jogando muitas vezes machucado, sabendo da dependência que o time tinha em relação a ele, Zico começou a se desencantar com os dirigentes do clube, que haviam prometido formar uma equipe forte o capaz para brigar pelo título, o que não vinha acontencendo - além dele, os únicos jogadores com certo reconhecimento eram seu colega de Seleção (e futuramente também de Flamengo) Edinho e um reserva da Seleção Italiana, Franco Causio, com quem fazia dupla no meio-de-campo. Começou a sonhar com sua volta ao Flamengo. A segunda temporada acabou marcada pela luta para não cair, com ele jogando apenas quinze vezes, ainda assim marcando doze. Outro motivo para o seu desejo em ir embora era o processo que sofria na Justiça Italiana por supostamente enviar ilegalmente dinheiro ao Brasil, que só mais tarde terminaria em sua absolvição.



Zico não deixou de reproduzir na Itália sua jogada característica, apavorando os goleiros adversários com suas cobranças de falta, gerando até acirrados debates nos programas esportivos nos canais de televisão do país: "Como evitar os gols de Zico?", discutiam. Em sua passagem pela Udinese, Zico marcou 17 gols de falta dentre seus 57 gols. Dos gols "normais", dois são lembrados em especial: o da vitória de 1 x 0, em novembro de 1983, marcado aos 41 minutos do segundo tempo, sobre a então campeã, a Roma, que nunca havia perdido para a Udinese. Outro foi uma bicicleta em sua estreia no mítico Estádio San Siro, em jogo contra o Milan, diminuindo no final da partida o placar para 3 x 2 - ainda arranjaria tempo para dar assistência a Causio para o gol de empate.
Foi também muito aplaudido e teve o seu nome gritado e cantado pelas torcidas adversárias, fato que ocorreu contra o Ascoli, Genoa e Catania. Contra o Ascoli, torcedores, repórteres e até o goleiro adversário o aplaudiram. Em Gênova, o estádio inteiro cantou o seu nome e em Catania os torcedores do time rival não só gritavam e cantavam o seu nome como também torciam por ele: todas as vezes que ele tocava na bola era ovacionado e quando surgia uma falta próximo a área, clamavam para que Zico a cobrasse.
Em uma pesquisa realizada em novembro de 2006 pelo jornal italiano La Repubblica sobre os maiores jogadores brasileiros na Itália, Zico aparece em primeiro, à frente de Falcão, Kaká, Careca e Ronaldo, dentre outros. Seu carisma e talento continuaram a ficar no coração do torcedor da Udinese mesmo após sua saída: em 1989, quatro anos após ter deixado o clube (que caíra para a Serie B duas temporadas após o ídolo ter ido embora), lotou o Estádio Comunale del Friuli na partida que marcava a sua despedida da Seleção Brasileira. Vinte anos depois, em novembro de 2009, o Galinho recebeu a cidadania honorária de Udine.

Volta ao Flamengo
Após duas temporadas na Itália, Zico voltou no segundo semestre de 1985 ao time do coração. Os festejos, entretanto, deram lugar à agonia pouco depois, após sofrer falta desleal de Márcio Nunes, em partida contra o Bangu. A pancada devastou suas pernas: Zico teve torções nos dois joelhos e no tornozelo esquerdo, contusão na cabeça do perônio esquerdo e profundas escoriações na perna direita. Teve de se submeter a três cirurgias no joelho esquerdo e a longo período de recuperações devido as consequentes problemas musculares.
A resposta aos que já o consideravam ex-jogador veio em fevereiro de 1986, às vésperas da Copa, em um Fla x Flu. Os festejos rubronegros antes da partida eram destinados à estreia de Sócrates como jogador do Flamengo, naquele dia. Após o jogo, as comemorações deram-se em função da atuação de gala de Zico, que marcou três gols - um de falta - na vitória flamenguista por 4 x 1. No Flamengo, a recompensa viria com o título estadual naquele ano e, no seguinte, com o tetracampeonato brasileiro, com a conquista do módulo verde da Copa União, já com ele tendo alterado seu estilo de jogo: substituiu seu ímpeto pela cadência, os dribles rumo ao gol por toques de primeira e lançamentos.
A taça de 1987 seria a última taça levantada pelo Galinho no Flamengo. Sua última partida profissional terminou da melhor forma: em inesquecível goleada de 5 x 0 sobre o Fluminense, em Juiz de Fora, em jogo em que Zico não poupou dribles, lançamentos e um novo inesquecível gol de sua especialidade: "Era tudo o que queria. Terminar com um gol e justo do jeito que eu mais gosto: de falta".

Seleção Brasileira
Zico marcou 66 gols pela Seleção
Zico atuou por dez anos pelo Brasil, marcando 66 gols em 89 partidas, tendo saído como segundo maior artilheiro da Seleção, atrás apenas de Pelé (depois, foi ultrapassado por Romário).
Disputou três Copas do Mundo, não tendo experimentado o sabor do título mundial. Suas únicas taças pela Seleção foram conquistadas no ano de seu debute, 1976: a Copa Rio Branco e o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos (em que marcou, nos 4 x 1 a Itália, um de seus gols mais bonitos, driblando três adversários e chutando de pé esquerdo na meta de Dino Zoff).
Seu debute ocorreu em partida válida pela Rio Branco. Foi contra o Uruguai, em Montevidéu. Marcando gol: com a partida empatada em 1 x 1 e com Rivellino e Nelinho expulsos, Zico fez o gol da vitória em cobrança de falta no final da partida. Apenas em 2009 o Brasil voltaria a vencer a Seleção Uruguaia na casa dela.
Zico foi à Copa do Mundo de 1978 em momento onde ainda se firmava na equipe treinada por Cláudio Coutinho. O que seria seu único gol no torneio terminou mal anulado: no final da segunda partida da primeira fase de grupos, contra a Suécia, o árbitro encerrou a partida no momento em que a bola estava no ar após cobrança de escanteio, antes que o cabeceio dado por Zico a fizesse entrar nas redes. Despediu-se na partida contra a Polônia, a última da segunda fase de grupos, quando sofreu grave problema muscular ao prender o tornozelo em lance com o adversário Zbigniew Boniek - se o Brasil passasse à final, Zico não jogaria. A Seleção teve de contentar-se com a decisão do terceiro lugar (conquistado) após ficar empatado em pontos e com menos saldo de gols que a anfitriã Argentina, após a vitória desta por 6 x 0 sobre o Peru, o grande escândalo do torneio.
Um drama talvez maior veio na Copa do Mundo de 1982, onde o Brasil vivia enorme favoritismo. Zico marcou quatro vezes no mundial: de falta contra a Escócia, em jogo em que reencontrou três jogadores do Liverpool contra quem jogara seis meses antes: Alan Hansen, Kenny Dalglish e Graeme Souness; dois contra a Nova Zelândia (um deles, de voleio); e outro contra a Argentina. Na partida contra os rivais, também deu passe para Júnior marcar o terceiro e também envolveu-se no segundo, tendo dado passe para Falcão assistir a Serginho Chulapa. O jogo foi válido já pela segunda fase, onde um grupo formado também pela Itália daria uma vaga para as semifinais. O Brasil foi ao jogo contra os italianos podendo empatar para passar de fase: ambos haviam vencido a Argentina, mas o Brasil o fizera com um gol a mais.
Tudo deu errado na partida decisiva do grupo. O técnico da Azzurra, Enzo Bearzot, já presenciara as habilidades de Zico em 1979, quando treinou a Seleção do Resto do Mundo em amistoso contra a Argentina comemorativo do aniversário de um ano do título do país na Copa de 1978. Zico chegara a Buenos Aires minutos antes da partida, entrando no segundo tempo. Marcou o gol de empate e levou o time da FIFA à vitória de virada. Para anular o Galinho, escalou o violento Claudio Gentile, que já parara Maradona, à base de muitas pancadas, na partida contra a Argentina. No único momento em que conseguiu desvencilhar-se da pesada marcação de Gentile, Zico deu o passe para o gol de Sócrates, que empatava a partida em 1 x 1. Em outro momento, o adversário chegou a puxar tão forte a camisa de Zico que terminou por rasgá-la. O lance foi dentro da grande área, mas o pênalti evidente não foi marcado pelo árbitro Abraham Klein. A Itália venceu por 3 x 2 no que Zico, até então empatado com o alemão-ocidental Karl-Heinz Rummenigge na artilharia do mundial (premiação que ficaria com o carrasco Paolo Rossi, que fizera os três gols da vitória italiana naquela partida e faria outros três depois), considera sua "maior frustração no futebol".
A terceira e última Copa de Zico seria a de 1986. O Galinho ainda vivia a desconfiança da crítica em relação a seu estado físico após a lesão provocada por Márcio Nunes, em 1985. Sua resposta pela Seleção viria em abril, em amistoso contra a Iugoslávia. Na vitória brasileira por 4 x 2, marcou outro de seus gols mais bonitos, invadindo a área adversária deixando para trás uma fileira de quatro zagueiros e ainda livrando-se do goleiro antes de concluir para as redes.
Ainda assim, em virtude de sua recuperação, foi ao mundial como reserva. Jogou três das cinco partidas do Brasil na Copa, contra Irlanda do Norte, na primeira fase, com o Brasil já classificado; Polônia, nas oitavas-de-final; e França, nas quartas. Não marcou gols, perdendo a melhor chance que teve para fazê-lo, um pênalti contra os franceses. Zico havia acabado de entrar na partida, já empatada em 1 x 1, e feito sensacional lançamento para Branco, que foi derrubado na grande área pelo goleiro Joël Bats. Como ainda estava frio na partida, Zico foi bater o pênalti relutantemente, o qual ele mesmo reconheceu ter cobrado mal. O empate perdurou na prorrogação e a vaga nas semifinais foi decidida na série de pênaltis. Escalado para bater novamente, Zico acertou sua cobrança na decisão, mas Sócrates e Júlio César perderiam as suas e o Brasil acabaria eliminado. Foi a última partida oficial do Galinho pelo Brasil - curiosamente, o craque perdeu apenas uma vez pela Seleção em Copas, no fatídico jogo contra a Itália em 1982.

Voltando a jogar
Zico marcou 54 gols pelo Kashima
Em 1991, retornou ao futebol, para disputar o ainda incipiente futebol japonês. No Japão, ele atuou pelo Sumitomo Metals e pelo clube originado deste, o atual Kashima Antlers, de 1991 a 1994, quando deixou definitivamente os campos.
Sua passagem no Japão, junto com outros jogadores famosos já aposentados ou em via de se aposentar, é hoje apontadoa como uma das maiores razões da popularização e profissionalização do futebol no país, que finalmente promoveria a primeira edição profissional do campeonato japonês em 1993. Na final, contra o Verdy Kawasaki (atual Tokyo Verdy), recebeu uma das raras expulsões na carreira, ao cuspir na bola por sua irritação com a atuação do árbitro, que estaria favorecendo o adversário (que acabou ficando com o título). Os gols da final, de qualquer forma, saíram de jogadores inspirados por Zico a jogar no recém-profissionalizado futebol nipônico: pelo Kashima, seu ex-colega de Flamengo Alcindo; pelo Verdy, o ex-adversário de Vasco Bismarck e também Kazu, japonês que jogava no Brasil.
Zico aposentou-se após o término da segunda edição da J-League, com o Kashima ficando em terceiro na classificação geral. Mesmo não tendo conseguido taças no Japão, Zico ficou bastante reverenciado no país, que aprendeu a gostar de futebol muito por conta do carisma e atuações do veterano ídolo, que inclusive ganhou uma estátua em sua homenagem por lá.

Gol 500
Zico marcou o seu 500º gol em 15 de março de 1981, no jogo que o Brasil venceu a França por 3 a 1, no Estádio Parc des Princes em Paris na França.

Despedidas

Seleção Brasileira: "O fim de uma era"
A última vez do galinho com a amarelinha aconteceu em 27 de março de 1989 num jogo entre a Seleção Brasileira e uma equipe representando o Resto do mundo. A equipe do Resto do mundo venceu, por 2 a 1, o Brasil. O jogo foi realizado no Estádio Friuli em Udine na Itália com o público de 41.000 pessoas e o evento foi promovido pela comissão italiana da Copa do Mundo de 1990.
Flamengo: "O ensaio"
A despedida do maior ídolo e artilheiro da história do Flamengo e do Maracanã é marcada, em 6 de janeiro de 1990, por um jogo em que o Flamengo e a Seleção de craques nacionais e internacionais "World cup master" empataram em 2 a 2. O jogo foi realizado no seu palco principal, o Maracanã e teve um público de 150 mil pessoas, sendo 90 mil pagantes.
Kashima Antlers: "O adeus definitivo"
Em 10 de outubro de 1994, "God Soccer" como é conhecido por lá, despediu-se em definitivo do futebol japonês e mundial num evento promovido pelo clube Kashima Antlers, num jogo em que enfrentou um combinado de estrangeiros que atuavam no futebol japonês. O jogo terminou empatado em 4 a 4 e o público foi de 38 mil pessoas, capacidade máxima do estádio.

Títulos


Flamengo
Campeonato Quadrangular Infantil: 1969
Campeonato Carioca Infantil: 1969
Campeonato Carioca Juvenil: 1972
Taça Guanabara: 1972, 1973, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1988 e 1989
Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (especial), 1981 e 1986
Torneio de Goiás: 1975
Torneio de Jundiaí: 1975
Torneio de Mato Grosso: 1976
Troféu Ramón de Carranza: 1979
Torneio das Astúrias: 1980
Torneio de Algarve: 1980
Troféu Ramón de Carranza: 1980
Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983, 1987 (Copa União - Módulo Verde)
Troféu Cidade de Santander: 1980
Torneio de Nápoles: 1981
Copa Européia/Sul-Americana - Mundial Interclubes: 1981
Copa Libertadores da América: 1981
Taça Rio de Janeiro: 1986
Taça Euzébio de Andrade: 1987
Copa Kirin: 1988
Troféu Colombino: 1988
Torneio de Hamburgo: 1989 

Seleção Brasileira 
Torneio Pré-Olímpico: 1971
Torneio Bicentenário dos Estados Unidos: 1976
Copa Roca: 1976
Copa Rio Branco: 1976 
Taça Oswaldo Cruz: 1976
Taça do Atlântico: 1976
Mundialito de Cáli: 1977
Taça da Inglaterra: 1981
Taça da França: 1981
Troféu Sport Billy: Equipe Fair play da Copa do Mundo 1982 e Equipe Fair play da Copa do Mundo 1986

Campanhas de destaque 
3ª Colocação Copa do Mundo: 1978
3ª Colocação Copa América: 1979 

Udinese  
Torneio Quadrangular de Udine: 1983 
Seleção Brasileira de Masters 
Copa do craque (Copa Zico): 1990
Copa Pelé: 1991 
Kashima Antlers 
Copa Muroran: 1992
Copa Suntory (1ª fase): 1993
Meiers Cup: 1993
Pepsi Cup: 1993 

Seleção Brasileira de Futebol de Areia 
Copa do Mundo de Futebol de Areia: 1995 e 1996
Copa América de Futebol de Areia: 1995 e 1996
Torneio internacional de Futebol de Areia

Como técnico 

Seleção Japonesa 
Copa da Ásia: 2004
Copa Kirin : 2004 
Fenerbahçe
Campeonato Turco de Futebol: 2007
Supercopa da Turquia: 2007
Antalya Cup: 2007 
Bunyodkor
Copa do Uzbequistão: 2008
Campeonato Uzbeque de Futebol: 2008 
CSKA Moscou
Supercopa da Rússia: 2009
Copa da Rússia: 2009

Prêmios

Melhor Jogador do Futebol Brasileiro nos últimos 30 anos - Rede Globo / Esporte espetacular (BRA): 2003 
2º Melhor jogador Sulamericano do ano eleito pelo jornal - El Mundo (VEN): 1976 
Melhor jogador Sulamericano do ano eleito pelo jornal El Mundo (VEN): 1977 1981, e 1982
Melhor jogador da Seleção do Resto do Mundo "FIFA" Copa do Mundo FIFA de 1978: 1979 
2º Melhor jogador Sulamericano do ano eleito pelo jornal - El Mundo (VEN): 1980 
Melhor jogador do Mundo eleito pelo El Mundo (VEN), Guerin Sportivo (ITA), El Balón (ESP) e revista Placar: 1981
Melhor jogador da Copa Libertadores da América: 1981
Melhor jogador da final do Mundial interclubes: 1981
Melhor jogador Sulamericano do ano eleito pelos jornal El Gráfico (ARG): 1982
Chuteira de bronze Copa do Mundo: 1982
Craque do time das estrelas da Copa do Mundo 1982 (World cup all-star team player): 1982
Melhor jogador do Mundo eleito pela revista inglesa "World Soccer": 1983
Premio Chevron "Melhor jogador do Campeonato Italiano" Temporada 83/84: 1984
3º melhor jogador do Mundo "World Soccer": 1984
Melhor jogador da "Copa do mundo" de futebol de areia: 1995
Melhor drible do Fifa Street 2 - "Ginga": 2006
Bola de Prata da Revista Placar: 1974, 1975, 1977, 1982 e 1987
Bola de Prata da Revista Placar (artilheiro): 1980 e 1982
Bola de Ouro da Revista Placar: 1982 e 1974
Hall da fama do futebol internacional - International Football Hall of Fame (IFHOF): 1997
Décimo quarto Maior jogador do Século XX pela IFFHS: 1999
Sétimo Maior jogador Sulamericano do Século XX Pela IFFHS: 1999
Terceiro Maior jogador Brasileiro do século XX pela IFFHS: 1999
Nono Maior jogador do século XX pela revista - France football: 1999
Oitavo Maior Jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA: 2000
Hall da fama FIFA: 2000
FIFA 100: 2004
Premio Golden Foot Award (Lenda do Futebol): 2006
Quinto Maior Artilheiro da história do futebol Mundial: 2010
Décimo Maior jogador de todos os tempos pela revista inglesa - World Soccer: 2010

Recordes

Maior goleador do Maracanã num único campeonato - 30 gols - 1975 
Recorde de gols pelo Flamengo em uma só temporada - 56 gols - 1976 
Zico foi quem mais marcou num único jogo no Maracanã - 6 gols, na goleada de 7 a 1 do Flamengo contra o Goytacaz - 1979 
Marcou 81 gols em 70 partidas com a camisa do Flamengo - 1979 
Artilheiro da temporada no Brasil - 59 gols - 1982 
Recorde de gols em partidas seguidas no Campeonato Japonês - 11 gols em 10 jogos seguidos - 1992 
Maior artilheiro de todos os tempos do Estádio do Maracanã - 333 gols 
Maior vencedor do premio Futebolista Sulamericano do ano oficial com 3 Bolas de ouro e 2 de prata - El Mundo (VEN) 
Maior vencedor de todos os tempos do prêmio Bola de Prata / Bola de Ouro - Revista Placar. 
Maior artilheiro da história do Flamengo - 568 gols 
Maior artilheiro meio campista do mundo em todos os tempos - gols oficiais 522
Maior artilheiro da Seleção Brasileira em eliminatórias de copas do Mundo com 11, gols

Artilharia 

Copa Libertadora da América - 11 gols - 1981 
Campeonato Brasileiro - 21 gols - 1980 (Rendendo também o prêmio Bola de Prata da Revista Placar) 
Campeonato Brasileiro - 20 gols - 1982 (Rendendo também o prêmio Bola de Prata da Revista Placar) 
campeonato carioca de Escolinha - 26 gols - 1970 
Campeonato Carioca Infantil 1 - 9 gols - 1971 
Campeonato Carioca Profissional - 30 gols - 1975 
Taça Guanabara - 10 gols - 1975 
Mundialito de Cali (Seleção Brasileira) - 8 gols - 1977 
Campeonato Carioca- 27 gols - 1977 
Campeonato Carioca - 19 gols - 1978 
Campeonato Carioca - 26 gols - 1979 
Campeonato Carioca Especial - 34 gols - 1979 
Troféu Ramón de Carranza - 3 gols - 1979 
Troféu Ramón de Carranza - 2 gols - 1980 
Torneio de Santander - 3 gols - 1980 
Torneio de Nápoles - 4 gols - 1981 
Taça Guanabara - 12 gols - 1982 
Campeonato Carioca - 21 gols - 1982 
Campeonato Italiano - 1983 
Copa Pelé - 1991 
Campeonato Japonês - 21 gols - 1992  
Copa do mundo de futebol de areia - 12 gols - 1995



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